ETAPA BENÉFICA

Herança e partilha de bens: como preparar tudo e evitar surpresas

17.11.2025
casal a a tratar da herança

Falar de herança nem sempre é fácil. Implica uma perda para a qual a maioria de nós não está preparado. Mas falar de herança é também falar de futuro. E embora seja sensível, é um tema essencial para qualquer família que queira evitar surpresas e garantir estabilidade financeira. 

Porque é importante planear

Quando alguém parte sem deixar orientações claras e informação suficiente sobre a sua realidade financeira, o processo de partilha pode tornar-se longo e desgastante. Além disso, há custos, impostos e obrigações associadas aos créditos existentes que podem complicar a vida dos herdeiros. Um bom planeamento ajuda a preservar o valor do património e a proteger quem fica.

E isto não é uma obrigação só para quem tem um elevado património. Quem tem uma casa, um crédito habitação, um seguro ou simplesmente poupanças, já tem motivos suficientes para se preocupar com este planeamento e deixar orientações para o futuro.

Ferramentas que fazem a diferença

O testamento é o instrumento jurídico mais evidente e útil, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas não o faz. No entanto, existem soluções financeiras que podem simplificar o dia seguinte e que ajudam a cumprir alguns objetivos: 

  • Seguros de vida que garantem liquidez imediata e evitam a venda apressada de bens
  • Contas conjuntas ou beneficiários designados que facilitam o acesso dos herdeiros ao dinheiro e outras instrumentos financeiros que existam
  • Doações em vida que equilibram a partilha e reduzem futuros conflitos potenciais entre herdeiros

Este planeamento em vida não significa apenas distribuir bens, mas também criar condições para que a família mantenha estabilidade financeira quando o inesperado acontece.

Custos, impostos e transparência

Quando há uma herança, é necessário tratar de questões fiscais, como o Imposto do Selo, e de eventuais custos de registo e avaliação. Conhecer antecipadamente estes encargos permite preparar liquidez e evitar surpresas.

Também é fundamental manter uma organização documental: registos de propriedades, contratos de seguros, investimentos (PPR, certificados de aforro ações), contas bancárias, participações em empresas e eventuais dívidas, registos de veículos e inventário de bens de valor como joias ou obras de arte. Ter tudo identificado e atualizado facilita a vida dos herdeiros e reduz o risco de erros ou esquecimentos. 

E num mundo cada vez mais digital, é importante que deixe a alguém os seus acessos digitais, seja das contas de e-mail, redes sociais, subscrições de streaming e mesmo a gestão das apps bancárias. Apenas assim será possível encerrá-las e eliminar encargos futuros. 

Planear a herança é, por isso, fundamental para quem quer evitar que os que ficam se sintam desprotegidos e confusos. Fazê-lo com acompanhamento especializado, torna as decisões mais sólidas e o futuro mais confiante.

Não sendo obviamente um tema simples, a verdade é que este é um exemplo onde é melhor prevenir do que remediar. E neste caso, um intermediário de crédito pode ajudar, sobretudo para todos os que têm um crédito habitação. Desde logo a analisar os seguros de vida associados ao crédito, garantindo que o capital em dívida está devidamente protegido; a aconselhar os herdeiros na reestruturação de créditos, evitando incumprimentos e aliviando o impacto financeiro; e a encontrar soluções de consolidação ou refinanciamento, caso seja necessário reorganizar as contas familiares após a partilha.

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